Olá Leitores,
Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre o Autor Logan Solo!! Espero que gostem...
Entrevista
Qual o seu nome?
Meu nome é Roberto Fiori. Fiori, sobrenome italiano, veio da parte italiana de minha família, paterna.
Sim, Logan Solo é o meu pseudônimo literário. Significa força e coragem. Logan é o verdadeiro nome do Wolverine, personagem forte do imaginário popular e Solo é o sobrenome de Han Solo, da série Star Wars. Para mim, Han Solo é um símbolo de verdadeira coragem. Juntos, os dois nomes simbolizam a vontade de lutar e de viver.
Tenho 47 anos, já passei da meia-idade, do “Cabo da Boa Esperança”.
Faz alguma faculdade? Ou é formado?
Sou formado na FATEC – SP, a Faculdade de Tecnologia de São Paulo, em Processamento de Dados.
Qual foi o primeiro livro que você leu?
Meu primeiro livro, que eu li, lembro-me que foi “F de Foguete”, livro de contos de um dos maiores escritores de Ficção Científica, Ray Bradbury, autor do clássico “Fahrenheit 451”.
Qual foi sua trajetória para escrever seu primeiro livro?
Cada um de meus dois contos que integra a antologia “UTOPIA” foi escrito, revisado e pronto em três a quatro dias. Foi em Janeiro de 2014, quando eu não saía de casa nem para dar uma volta, apenas ia de meu escritório para a cozinha tomar café-da-manhã, almoçar e jantar e voltar para o escritório. Naquele mês, escrevi dez contos de três a oito páginas, cada. Um dos contos, “Os Alienígenas”, eu tive a história praticamente pronta, uma manhã logo após acordar. Credito isso ao fato de que naquela época eu não pensava em mais nada a não ser escrever Literatura Fantástica – Ficção Científica, Fantasia e Horror -, pois sabia que a grade de programação das editoras fechava no máximo no fim de Fevereiro de cada ano. E não tomei café-da-manhã nesse dia, pois sabia que, se eu não colocasse no computador ao menos o rascunho de “Os Alienígenas”, eu esqueceria a história, perdendo-a por completo.
“Até o Final dos Tempos” foi um conto inspirado em uma ilustração do artista fantástico Les Edwards, chamada de “The Time Machine at the End of the World”. É uma ilustração publicada pela antiga editora Paper Tiger, no livro “Heroic Dreams”, editora que publicava antigamente ilustrações, pinturas e textos sobre pintores, escritores e editoras ligadas ao Universo do Fantástico.
A ilustração “The Time Machine at the End of the World” é uma visão de uma estrela flamejante amarelo-avermelhada, pintada com mais de dez vezes o diâmetro do Sol, que vemos no céu. Em primeiro plano, está a silhueta de um homem de costas, de frente para a estrela, que está ao fundo da ilustração e domina o cenário. Essa imagem poderosa me inspirou a escrever uma história que possuísse uma estrela gigantesca, quase no momento de calcinar completamente um planeta, em que apenas um casal de jovens sobrevivera ao calor da estrela, que destruíra toda a vida naquele mundo.
Tanto “Os Alienígenas”, como “Até o Final dos Tempos” foram escritos, como eu sempre faço, com alguma imaginação e criatividade e uma grande dose de esforço mental, de colocar as ideias na tela do computador. Realmente, ter ideias é a parte mais fácil no processo de se escrever uma história. O mais desgastante em se elaborar um conto ou uma noveleta (um conto maior), uma novela (uma noveleta maior) ou um romance (é uma história acima de 40.000 palavras, sem limite máximo) é a parte de revisão. Revisar uma história, sem deixar passar um erro, envolve muita concentração e atenção. Deve-se ler várias vezes cada frase, buscando erros de digitação, de português – da língua pátria – e, por fim, deve-se ter memória boa o suficiente para, conhecendo-se a história completa, corrigir os erros de lógica.
Como foi escrever UTOPIA? E como foi o processo de publicação? Encontrou alguma dificuldade?
Em 2014, por puro acaso, descobri a Andross Editora. Foi muita sorte, pois eu já estava procurando há bem mais de um mês alguma editora que publicasse contos de Literatura Fantástica. Antes, eu havia participado de Concurso Literários, mas sem sucesso. E já havia enviado contos para editoras conhecidas, como a Planeta do Brasil, a Devir, a Saraiva e a Saída de Emergência, de Portugal, sem aprovação. No final, consegui que vários contos meus fossem aceitos pela Andross Editora. O Alex Mir, organizador da antologia “UTOPIA – Contos Fantásticos”, escolheu um conto e sugeriu que eu publicasse mais um. Aceitei, muitíssimo satisfeito. Como minha primeira publicação, antes da aprovação de meus contos eu me senti muito inseguro. Não havia conseguido nada com os Concursos e fiquei pensando o que os meus contos tinham de errado. A publicação dos contos não teve dificuldades. O editor, Edson Rossatto, e toda a equipe editorial da Andross foi muito atenciosa, respondendo os meus e-mails, em que eu me comunicava com eles, para acompanhar o processo de publicação e depois de revisão, com presteza e atenção. Também, a Andross foi extremamente honesta, elaborando um contrato de edição primoroso e muito detalhista. O evento de lançamento do “UTOPIA” foi muito bom, muito organizado, com palestras, troca de autógrafos entre os autores e conversas muito interessantes entre os autores e editores de várias editoras.
O que me motivou a escrever as histórias de “UTOPIA” foi a necessidade que eu tive de, desde 1989, quando eu iniciei cursos de Literatura na Oficina da Palavra, escrever Literatura Fantástica e publicar um livro, nesse sentido. E, desde aquela época, tenho necessidade de colocar as ideias no papel, vê-las crescer na tela do computador e terminá-las como eu mais gosto.
O que inspirou os personagens?
Os personagens são inspirados nas pessoas que eu conheço e nas muitas personalidades dos mais de 1.000 livros que eu, acredito, já li em toda a minha vida, tanto de Literatura em geral, como de Literatura Fantástica. E em mim, principalmente. Eu, muitas vezes, já coloquei elementos de minha personalidade e me baseei em situações de minha vida para criar os personagens e acontecimentos nas histórias. Eu me coloco na pele do personagem, imagino como seria o comportamento dele, face à ação da história, e como ele pensaria em determinada situação. O desenrolar da história determina a movimentação do personagem, de tal forma que ele deve agir em conformidade com a ação, sem que o a situação seja ilógica.
Onde inspirou os nomes?
No início, quando eu comecei a escrever ficção, dar nome aos personagens constituía tarefa de Hércules. Eu fazia listas, alterando as letras em nomes de personagens de livros e pessoas que eu conhecia ou lia no jornal. Agora, a situação é totalmente diferente. Toda a minha memória é usada para compor nomes, de uma forma que eu não preciso me esforçar para criá-los. É um processo automático, instintivo, decorrente de milhares de horas de leitura, de assistir filmes, de conhecer nomes de pessoas, ou até mesmo, de cidades, países e de flora e fauna.
Você se identifica com algum personagem ou conto?
Às vezes sim, eu me identifico com algum personagem. No caso de “Até o Final dos Tempos”, pensei muito no rapaz, namorado da mocinha. A situação irremediável em que eles se encontravam, impotentes face ao Destino, me fez lembrar de momentos em que eu achava que eu não conseguiria fazer nada para resolver um problema. E que às vezes eu não conseguia e outra pessoa tinha de fazer por mim. Quanto a “Os Alienígenas”, não houve essa identificação. Mas há histórias, em que o personagem luta como um tigre e, havendo ou não a vitória deste face a forças contrárias, eu me vejo na pele dele, brigando, combatendo e imaginando a sua vitória.
Qual o seu maior sonho?
O meu sonho, é o de ser reconhecido, em qualquer gênero literário que eu abrace, e que minhas histórias sejam lidas e apreciadas por muitos. Não exijo de mim que meus contos e romances agradem a todos, isso seria praticamente impossível, mas o objetivo final realmente é que eu possa me sentir bastante satisfeito com meu trabalho.
Planeja fazer outro livro/serie?
Sim, planejo até o final de 2015 terminar um livro, ou esotérico, ou espiritualista. Possuo capacidade para criar uma história otimista, humana e profundamente esperançosa. Gostaria de ser lembrado, não só como escritor de astronautas, mundos alienígenas e máquinas perfeitas, mas também como um idealizador do que há de melhor no ser humano: a sua propensão para o Bem, pois acredito que o Lado Negro do Homem sempre é derrotado, por fim.